quarta-feira, 29 de junho de 2011

Casa arrumada

Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:

Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.

Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos, netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 7 de maio de 2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O inverno vem chegando....

O inverno vem chegando...


....e com ele, vários tipos de doenças respiratórias. Começa  toda aquela discussão a respeito de dar ou não a vacina aos pequenos. Aparecem aquelas reportagens mostrando quantos moreram em decorrência de algum tipo novo de gripe (aviária, suína)...
No meio de todo esse papo, retomo uma publicação que fiz no ano passado. Para tentar passar por tudo isso da melhor maneira possível, nada melhor que investir na alimentação dos filhotes.Confira...

http://mamaecaprichosa.blogspot.com/2010/04/gastar-na-feira-para-nao-gastar-na.html

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Que futuro terão nossos filhos?

Aproveitamos o sentimento de indignação e tristeza que nos abalou nos últimos dias para convoca-los para uma mobilização pelo futuro das nossas crianças. A tragédia absurda ocorrida na escola em Realengo (Rio de Janeiro) é resultado de uma estrutura complexa que tem regido nossa vida em sociedade. O problema vai muito além de um sujeito qualquer decidir invadir uma escola e atirar em crianças. Armas não nascem em árvores.

A coisa está feia: choramos por essas crianças, mas não podemos nos deixar abater pelo medo, nem nos submeter aos valores deturpados que têm regido nossa sociedade propiciando esse tipo de crime. Não vamos apenas chorar e reclamar: vamos assumir nossa responsabilidade, refletir, trocar ideias e compartilhar planos de ação por um futuro melhor. Então, mães e pais, como realizar uma revolução que seja capaz de mudar esses valores sociais inadequados?
Vamos agir, fazer barulho, promover mudanças! Acreditamos na mudança a longo prazo. Precisamos começar a investir nas novas gerações: a esperança está na infância. Vamos fazer nossa parte: ensinar nossos filhos pra que façam a deles.

Se desejamos alcançar uma paz real no mundo,temos de começar pelas crianças. Gandhi

O que estamos fazendo com a infância de nossas crianças?

Com frequência pais e mães passam o dia longe dos filhos porque precisam trabalhar para manter a dinâmica do consumo desenfreado. Terceirizam os cuidados e a educação deles a pessoas cujos valores pessoais pensam conhecer e que não são os valores familiares. Acabamos dedicando pouco tempo de qualidade, quando eles mais precisam da convivência familiar. Assim, como é possível orientar, entender, detectar e reverter tanta influência externa a que estão expostos na nossa longa ausência? Estamos educando ou estamos nos enganando?

O que vemos hoje são crianças massacradas e hiperestimuladas a serem adultos competitivos desde a pré-escola. Estão constantemente expostos à padronização, competição, preconceito, discriminação, humilhação, bullying, violência, erotização precoce, consumo desenfreado, culto ao corpo, etc.
O estímulo ao consumo desenfreado é uma das maiores causas da insatisfação compulsiva de nossa sociedade e de tantos casos de depressão e episódios de violência. Daí o desejo de consumo ser a maior causa de crime entre jovens. O ter superou o ser. Isso porque a aparência é mais importante do que o caráter. Precisamos ensinar nossos filhos que a felicidade não está no que possuímos, mas no que somos. Afinal, somos o exemplo e eles repetem tudo o que fazemos e o modo como nos comportamos. E o que ensinamos a nossos filhos sobre o consumo? Como nos comportamos como consumidores? Onde levamos nossos filhos para passear com mais frequência? Em shoppings?

Quanto tempo nossos filhos passam na frente da TV? 10 desenhos por dia são 5 horas em frente à TV sentados, sem se movimentar, sem se exercitar, sendo bombardeados por mensagens nem sempre educativas e por publicidade mentirosa que incentiva o consumo desde cedo, inclusive de alimentos nada saudáveis. Mais tempo do que passam na escola ou mesmo conosco que somos seus pais!

Porque os brinquedos voltados para os meninos são geralmente incentivadores do comportamento violento como armas, guerras, monstros, luta? A masculinidade devia ser representada pela violência? Será que isso não contribui para a banalização da violência desde a infância? Quando o atirador entrou na escola com armas em punho, as crianças acharam que ele estava brincando.

Nós cidadãos precisamos apoiar ações em que acreditamos e cobrar do Estado sua implementação, como o controle de armas, segurança nas escolas, mudança na legislação penal, etc. Mas acima de qualquer coisa precisamos de pessoas melhores. Isso inclui educação formal e apoio emocional desde a infância. É hora de pensar nos filhos que queremos deixar para o mundo, para que eles possam começar a vida fazendo seu melhor. Criança precisa brincar para se desenvolver de forma sadia. É na brincadeira que elas se descobrem como indivíduos e aprendem a se relacionar com o mundo.

Nós pais precisamos dedicar mais tempo de convivência com nossos filhos e estar atentos aos sinais que mostram se estão indo bem ou não. Colocamos os filhos no mundo e somos responsáveis por eles! Eles precisam se sentir amados e amparados. Vamos orientá-los para que eles sejam médicos por amor não por status, que sejam políticos para melhorar a sociedade não por poder, funcionários públicos por competência e não pela estabilidade, juízes justos, advogados e jornalistas comprometidos com a verdade e a ética, enfim!

Precisamos cobrar mais responsabilidade das escolas que precisam se preocupar mais em educar de verdade e para um futuro de paz. Chega de escolas que tratam alunos como clientes.

Não temos mais tempo a perder. Ou todos nós, cedo ou tarde, faremos parte da estatística da violência. Convidamos todos a começar hoje. Sabemos que não é fácil. E alguma coisa nessa vida é? Vamos olhar com mais atenção para nossos filhos, vamos ser pais mais presentes, vamos cobrar mais da sociedade que nos ajude a preparar crianças melhores para um mundo melhor!

Nossa proposta aqui é de união e ação para promover uma verdadeira mudança social. A mudança do medo para o AMOR, do individualismo para a FRATERNIDADE e para a EMPATIA, da violência para a GENTILEZA e a PAZ.

Créditos:
 
Ana Cláudia Bessa http://www.futurodopresente.com.br/

Cristiane Iannacconi http://www.ciclicca.blogspot.com/
Letícia Dawahri http://sorrisosdaalma.blogspot.com/
Monique Futscher http://www.mimirabolantes.blogspot.com/

Renata Matteoni http://www.rematteoni.wordpress.com/

quinta-feira, 24 de março de 2011

Para pedagoga, é na escola que se aprende bê-á-bá do sexismo

Desde a mais tenra idade a criança já é bombardeada com conceitos equivocados a respeito da sexualidade. Gostei muito dessa reportagem que saiu no Caderno Equilíbrio e Saúde da Folha.com e resolvi compartilhar com vocês. Espero que gostem....

Os estereótipos de gênero começam já no útero, quando os pais escolhem o brinquedo, a decoração do quarto e as roupas do bebê. Mas é na escola que o sexismo é reforçado, segundo a pedagoga Tânia Brabo, da Unesp, que estuda movimentos feministas há 20 anos.
Para a pedagoga Tânia Brabo, da Unesp, é na sala de aula que as crianças aprendem o bê-á-bá do sexismo
Segundo ela, detalhes como separação de meninos e meninas em filas e diferenças nas aulas de educação física ajudam a perpetuar essa visão "bipolar" do mundo.
"Isso é nocivo a partir do momento em que um sexo se sente superior ao outro", diz. Leia trechos da entrevista.
Folha - Ainda há muito sexismo nas escolas?
Tânia Brabo - Nos anos 80 e 90, feministas trouxeram a discussão sobre a necessidade de a escola não reforçar estereótipos, mas não houve continuidade. As publicações daquela época ficaram esquecidas nas bibliotecas.
Não se debate nas escolas a discriminação da mulher?
As políticas educacionais trazem essa questão na teoria, mas, embora haja um avanço, falta muito em termos práticos. No conteúdo das escolas, a questão da igualdade entre os sexos deve ser mais abordada.

Onde aparece o sexismo?
No dia a dia da sala de aula, quando atividades supostamente femininas são separadas para as meninas. Na educação física, meninas e meninos são separados e praticam diferentes esportes.

Esses problemas começam precocemente?
Sim. Na educação infantil, quando os brinquedos são separados --bonecas para as meninas, carrinhos para os meninos. Essa visão bipolar ainda está muito forte. Até nas brincadeiras. O menino não quer nem sentar numa cadeira rosa. Muitas vezes, os meninos querem brincar de boneca, mas a família e os professores não aceitam.

E deveriam aceitar?
Sim. Homens adultos usam brinco, colar, camisa rosa. Houve mudança nos costumes, mas as crianças ainda são tratadas como se certas questões fossem definir a sexualidade. Em países em que a figura da mulher e do homem são mais iguais, ambos aprendem a cozinhar, cuidar de bebê, bordar.

Certamente ainda há muita resistência da família.
Há escolas que se preocupam com a igualdade de gêneros e adotam políticas assim. Mas há pais que não entendem. Uma professora contou que teve de lidar com um pai que não aceitava o filho levar o livro da Branca de Neve para casa. Disse que não era leitura de menino.

Isso pode refletir na forma como o homem adulto encara a divisão de tarefas na casa...
Se o menino não pode segurar uma boneca, então será educado a não ter uma aproximação maior com os filhos. No passado, era assim a vida toda. Hoje, o menino é separado de tudo e na vida adulta é cobrado. Começa na educação infantil e o adulto continua a reproduzir isso.

Os alunos também desenvolvem uma visão sexista do professor. Há mais mulheres do que homens dando aulas até o ensino médio. E o salário, em geral, é ruim.
É fato. Hoje há mais homens no curso de pedagogia, mas é recente. Como a professora vai ensinar igualdade se ela se sente uma pessoa de segunda categoria?

Mas como os professores podem lidar com isso?
Estimular que ambos exerçam todos os papéis.


JULLIANE SILVEIRA- COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

terça-feira, 22 de março de 2011

Hora do Planeta 2011



O que é?
A Hora do Planeta é um ato simbólico, promovido no mundo todo pela Rede WWF, no qual governos, empresas e a população demonstram a sua preocupação com o aquecimento global, apagando as suas luzes durante sessenta minutos.

Quando?
Sábado, dia 26 de março, das 20h30 às 21h30. Apague as luzes para ver um mundo melhor. Hora do Planeta 2011.

Onde?
No mundo todo e na sua cidade, empresa, casa... Em 2010, mais de um bilhão de pessoas em 4616 cidades, em 128 países, apagaram as luzes durante a Hora do Planeta. Em 2011, a mobilização será ainda maior.
 
Participe, ajude a espalhar essa ideia. Com certeza, seus filhos te agradecerão...

sexta-feira, 4 de março de 2011

A principal beleza da criança é ser criança...


Não precisa mais que uma simples maria chiquinha para realçar aquilo que já é belo. A criança, por si só, já é capaz de iluminar e embelezar o ambiente por onde passa.
Sua graça é transmitida através das brincadeiras, da inocência, das risadas contagiantes e intermináveis, e porque não, por aquela cara suja, toda lambuzada de sorvete!
Abaixo o uso indiscriminado de produtos de beleza infantil! Abaixo  as roupas inapropriadas e excessivamente “sexy” ou “fashionista”.

Criança precisa se sentir à vontade para fazer o que lhe é devido:
BRINCAR











Este blog apoia a campanha do grupocria contra o uso exagerado de produtos de beleza  para crianças.
Participe. Veja como clicando no link do grupo!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ser Chique sempre


Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da
vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.

Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou
closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.
O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem,
mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é quem fala baixo.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas,
nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens,
mesmo quando estas são verdadeiras.
Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto,não fazer perguntas ou insinuações inoportunas,
nem procurar saber o que não é da sua conta.

Chique mesmo é parar na faixa de pedestre
É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.

Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às
pessoas que estão no elevador.
É lembrar do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e
prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda,
correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer,
ainda que você seja o homenageado da noite!
Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo,
de se lembrar sempre de o quão breve é a vida
e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar,
na mesma forma de energia.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor,
não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar
e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é ser Feliz!
Investir em conhecimento pode nos tornar sábios.. .mas amor e fé nos tornam humanos!

‎Esse texto é atribuído a GLÓRIA KALIL. Não sei se de fato é. De qualquer modo,
adorei e concordo plenamente com ele....
Estamos precisando cada vez mais de pessoas Chiques!